Retalhos em pequenas cartas
A cada tinta grifada nas letras impressas
Pelas penas da minha pomba que soltei
De madrugada chora, ressuscita e morre,
Na constante duração do dia de cor negra
Da ponta estropiada que atinge meu vazio
Papel retalhado propositalmente.
Inseri em cada linha tortas palavras
Que revelavam uma dose de descontrole emocional
A bruta pedra de um coração aonde frutificou
Algumas rosas violetas que até lembravam
Sua pequena boca. Voltaria a ser criança
A ser a sórdida moléstia incurável totalmente
Alastrada no seu corpo; afadigando qualquer
Chance de solidão em um pileque maduro.