SIGO SEM VOCÊ

Eu sigo o clarão da lua, que corta a face da noite

Não tenho o amor que quero

Sei que não o terei!

Sigo com meu rosto olímpico

E meus olhos glaciais

Nas controversas esquinas do tempo

Tudo me ensinaste oh mestre, ao meu coração

Como o ourives de mãos tão hábeis

Lapidaste a joia que seria de alguém

Eu também lapidei este amor

Que não será mais meu amor

Pois desde que ela me deixou

Já não sou amor de ninguém

O amor que tentei dar a ela não mais existe

Sumiu nas paredes soturnas do coração

Perdeu-se no desterro dos meus olhos

Fundiu-se com a dor e a desilusão

Agora, sigo na noite que esta dentro de mim

Sem o fogo da vida

Sem as chamas da paixão

Mais que nunca não serás minha

E sei que não tendo ti nada terei

Pois o trono aonde seria rei

Queimou-se nas veredas da ilusão

Insisto que não tendo a ti nada terei!!!

Pois você é o único amor que desejei,

E não sendo de tua vontade

Não terei a eternidade

Pelo menos a que sonhei!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 09/03/2007
Reeditado em 05/08/2014
Código do texto: T407248
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