SIGO SEM VOCÊ
Eu sigo o clarão da lua, que corta a face da noite
Não tenho o amor que quero
Sei que não o terei!
Sigo com meu rosto olímpico
E meus olhos glaciais
Nas controversas esquinas do tempo
Tudo me ensinaste oh mestre, ao meu coração
Como o ourives de mãos tão hábeis
Lapidaste a joia que seria de alguém
Eu também lapidei este amor
Que não será mais meu amor
Pois desde que ela me deixou
Já não sou amor de ninguém
O amor que tentei dar a ela não mais existe
Sumiu nas paredes soturnas do coração
Perdeu-se no desterro dos meus olhos
Fundiu-se com a dor e a desilusão
Agora, sigo na noite que esta dentro de mim
Sem o fogo da vida
Sem as chamas da paixão
Mais que nunca não serás minha
E sei que não tendo ti nada terei
Pois o trono aonde seria rei
Queimou-se nas veredas da ilusão
Insisto que não tendo a ti nada terei!!!
Pois você é o único amor que desejei,
E não sendo de tua vontade
Não terei a eternidade
Pelo menos a que sonhei!