Jejum

Como um condenado faz greve de fome,

Penso em fazer jejum de poesia.

Talvez assim,eu possa me curar

Desse terrível mal que me consome,

Do vício que insiste em me escravizar

E que se torna maior a cada dia!

Mas,não é fácil abandonar os vícios;

Isso implicará em muitos sacrifícios!

Não viver cantarolando ou rindo à toa,

Esquecer o que me alegra ou magoa,

Não pensar num certo alguém,principalmente,

Nem falar de amor ou de poetas...

Mas,como esvaziar a minha mente,

Se é do imaginar que me alimento,

E sem fantasia não há como viver?

Impossível cumprir todas as metas!

Não consigo mudar,e nem mesmo tento...

Quebro o jejum recém-iniciado,

E,como sempre faz um viciado,

Me entrego á poesia com o maior prazer!

Sonia Villarinho
Enviado por Sonia Villarinho em 07/01/2013
Reeditado em 18/02/2013
Código do texto: T4072368
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