Cânticos de Amor

Em sua majestade

O roxo ipê espelha-se nas águas,

Assim como teus olhos que refletem o céu

De quimeras e primaveras recitadas

Pelo além de um certo horizonte!

Em meus versos quase infindos

Tua escultura sobre a seda do oriente,

Da guarida ao mais doce dos mistérios

Anelados a alma, a nostalgia do beijo,

Do recanto a meia luz, me conduz, me seduz!

Da semente és lágrima,

Do orvalho és a flor em ritmos e cores

Dignos de um poeta sonhador... Meu amor!

A julgar pelos cânticos

Que soam ao bailar da brisa pela janela,

Sinto dos teus seios toda forma de amar

Por mares nunca dantes navegáveis!

Pelo ritual dos tecidos

A pele desnuda-se, o peito se abre,

E a voz ecoa lantejoulas como passeio

No firmamento paixão!

06/01/2013

São Paulo - SP