AMOR HOSPEDEIRO

Então, habitante do meu interior?

Que fazer com as lágrimas que rolam face afora?

Por vezes perdida, nessa vida bandida

Ouço dizeres para eu partir, ir embora, vida afora.

Quisera eu sentar-me contigo, ser amiga

Falar de coisas fáceis, bobagens do dia-a-dia.

Sonhar feita moça donzela e feito ela repousar o desalento

E que o leve o vento, e fique apenas a cantiga da ida.

Ah, habitante, hospedeiro

Guerreiro, de certo, que nunca desiste.

Insiste e se embrenha pelas minhas entranhas

Canta o canto da sereia, incendeia-me de desejo e persiste.

Abre caminhos, segue o rio

Eu sorrio e rio feito moça donzela e feito ela encontro a calmaria.

Ah, habitante sem caminho

Seja meu ninho e dar-te-ei o meu corpo

O meu amor, o meu carinho.

Polenazul
Enviado por Polenazul em 03/01/2013
Reeditado em 04/01/2013
Código do texto: T4064764
Classificação de conteúdo: seguro