POEMA DE ENCONTRAR-TE

Caminhava pela vida só

e de repente surgiste,

trazendo no olhar

o universo inteiro

que em tantos olhares procurei

sem encontrar...

Pouco a pouco,

senti que me cativavas,

que eras o alguém

que sempre desejei!

Mas não ficaste.

Tão de mansinho

como surgiste te afastaste.

A quê hei de comparar-te?

A um dia de primavera?

Não.

És mais que isso.

Um dia de primavera se vai

e a beleza de suas flores

fenece num instante.

Tu no entanto

permaneces em mim.

A uma lufada de brisa?

Talvez.

A brisa embala a vida

e a torna repleta de sonhos.

E eu passei a sonhar

pensando em ti.

A uma estrela?

Sim.

Comparar-te-ei a uma estrela

no infinito a brilhar.

Não a uma estrela qualquer

mas àquela longinqua e inatingível

que meus olhos vêem

e meu coração não consegue alcançar...

Que tristeza conhecer-te e perder-te!

Descobrir tarde demais

a morada da felicidade.

Mas não hei de chorar.

Saberei seguir sem me importar...

Simplesmente Romântica
Enviado por Simplesmente Romântica em 02/01/2013
Reeditado em 18/01/2015
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