Furtivas emoções
As emoções são soltas
Às vezes até há uma corda que liga o lógico a elas
Mas quase sempre mais fina do que deveria
Não aguenta nunca o estica-encolhe desse barco
Vai se corroendo,
Rompendo os fios...
E quando se nota já se está a deriva
Ao sabor das ondas e dos ventos
É como sobre as águas de tormenta
Os altos e baixos podem ser violentos
Fluídas como a água que as sustenta
Doídas como aprender com o sofrimento
Sem data certa do fim do curso
Incógnitas como febres recentes
As emoções não veem senão o que querem
Escutam somente a si
Não perscrutam sobre o que haverá de vir
Desfiguram recentes quereres
Deturpam as verdades
Congregando para si os caminhos pretensa felicidade