O FILHO
quando o amor se despiu mostrou como é lindo ser você,
e que a poesia adquire asas de um anjo tão invisível
quanto a saudade turca,
e tão livre quanto uma espada da China,
quando você puxa borboletas da aura
da cor da sorte radical do realejo lunar,
e todos os desejos do Parnaso
convertem alexandrinas verbalidades
em loucas declarações de amor
que sonho façam no seu ventre
o filho que o chamado urgente batiza
com a saudade que nunca mais então hei der sentir,
quando nas cartas desaba o cocar de estrangeiro
que desde você pendurei nas sortes
que não me engalanam mais,
pois assoviei sua lembrança verbalizando auroras sorridentes
dos perfumes da sua alma,
feita de um fogo fabricante de vastidões vertiginosas
que em você graduam o amor
como selvageria doce das anarquias sãs