ESSÊNCIAS
Quero cobrir-me com tua nudez
Minha inigualável índia urbana
Tua voz será meu mavioso canto
Onde pressinto as tuas essências
Com as tuas vontades ruprestes
Pois sei serem rocha tuas decisões
Com os teus encantos silvestres
Na floresta de todos os meus anseios
Onde nada nos será proscrito
Quero abraçar teu ígneo corpo
Observar-me em teu aquilino olhar
Beber de tua auspiciosa volúpia
Alimentar-me de teu latente desejo
Nadando nos rios de vastas descobertas
Corroborar toda essa tua liberdade
Sopesar todas as nossas diferenças
Relegar ao nada todas as diversidades
Fugindo as ingerências exteriores
Aceitando todas ás situações imutáveis
Deitados sobre a relva de noite selênica
E nem o universo nos será oponível
Pelo advento de toda tua sacralidade
Onde construirei nossa urbana oca
Longe da taba de supérfluos inquiridores
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