Visceral
Visceral
O amor é visceral.
Nada explica,
nem pede explicação.
Ao anoitecer é sonho,
ao amanhecer é fruto
da estação.
O amor é silêncio.
Sem que nada seja dito
uma permanente efusão.
É canção que se expande,
nascendo da terra
onde se semeia o grão.
É sangue que serpenteia,
navegando nas veias
de algum coração.
E porque parte das entranhas,
rasga os espaços
entre caminhos de contramão.