Confissão

Eu queria num gesto inútil de arrependimento ajoelhar-me aos teus pés e adorar-te...
E a minha adoração seria a eterna prece dos meus lábios impuros em penitência à beleza de tua face cheia de inocência e perfeição...
Só em erguer os olhos para o teu vulto...
Eu sinto que te profano...
E a minha crença é talvez a fatal perdição de tua vida...
Tu me julgaste um "Deus"...
Julgaste-me perfeito...
E foi tamanho o teu engano...
Hoje nem queres acreditar o quando fostes iludida...
Me diz que fica tonta... quando em tua boca ergo a taça da minha a transbordar de beijos... e te dou a beber dessa champanhe louca que espuma nos meus lábios para os teus beijos e desejos...
Me diz e em teu olhar incendiado talvez... como que tonto mesmo ardendo de calor...
Vejo refletir minha própria embriaguez e o mundo de loucuras que há no nosso amor...
E receio por você e por mim...
Meu receio é que um dia ao te sentir tão junto... eu enlouqueça e aperte no meu peito a maciez dos teus seios...
Dizes que fica tonta...
Hás de então ficar louca de paixão...
E tomando entre as mãos tua cabeça...
Hei de fazer sangrar de beijos a tua linda boca sensual...
E eternizar esse beijo na confissão deste amor tão real...