TUAS VERTENTES
Quando penetro teu corpo e tua alma
Descubro em teu ser tantos amanhãs
Pois és translúcida ante meus olhos
Pela luminescência que de ti brota
No universo de tua legião de auroras
Procuro galgar todas as tuas vertentes
Seguindo o fluir de teus lépidos passos
Onde sei que nada é por si só infecundo
E fascina-me essa tua maleável simetria
Impermeavelmente insólita e enigmática
Assim como o ápice de teu lindo plenilúnio
Onde saboreio as delicias e pecados de teu éden
Pois á aldrava dos portões desses meus instintos
É essa tua energia que irradias mesmo distante
E que faz girar as engrenagens de meu querer
Suprimindo tudo que não seja a catarse de nós
Fazendo-me auscultar o mais íntimo de mim
E então sinto o sol de teu interior invadir-me
Contemplando-te por inteira diletantemente
No alvorecer de mais um ano que nos enlaça
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