TUAS VERTENTES

Quando penetro teu corpo e tua alma

Descubro em teu ser tantos amanhãs

Pois és translúcida ante meus olhos

Pela luminescência que de ti brota

No universo de tua legião de auroras

Procuro galgar todas as tuas vertentes

Seguindo o fluir de teus lépidos passos

Onde sei que nada é por si só infecundo

E fascina-me essa tua maleável simetria

Impermeavelmente insólita e enigmática

Assim como o ápice de teu lindo plenilúnio

Onde saboreio as delicias e pecados de teu éden

Pois á aldrava dos portões desses meus instintos

É essa tua energia que irradias mesmo distante

E que faz girar as engrenagens de meu querer

Suprimindo tudo que não seja a catarse de nós

Fazendo-me auscultar o mais íntimo de mim

E então sinto o sol de teu interior invadir-me

Contemplando-te por inteira diletantemente

No alvorecer de mais um ano que nos enlaça

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 26/12/2012
Código do texto: T4053981
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