Lembranças de Um Grande Amor
Naquela rua não havia mais ninguém
Além da minha vontade e da tua.
Vontade de estarmos juntos
Vontade de nos conhecermos melhor...
Olhos chamuscando,
Reluzindo desejos,
Almejando um primeiro beijo.
Segurava-me para não te olhar,
Era inútil,
A mente falava,
Enquanto o coração gritava.
Olhava ao relógio apontavam-se as quatro,
Apressadamente corria para observá-lo naquela fila
Fila de uma pessoa só,
E olhando-me de canto,
Disfarçava para eu não perceber,
Minha garganta inutilmente lutava para desfazer o embaraçoso nó,
O nó de te querer e infelizmente não poder.
O tempo foi passando...
Foi passando...
E felizmente já passou.
Não sei o que teria acontecido,
Se tivéssemos dado uma chance ao destino.
Talvez estivéssemos juntos,
Quem sabe apenas uma tempestuosa paixão passageira...
Não sei,
Mas se eu não sei, quem é que saberia?
Talvez entre o silêncio de mil palavras que o seu olhar me direcionava
Tentasse me convencer que não poderíamos insistir em algo desconhecido,
Tanto para mim quanto para ti,
Que deveríamos fazer o que era certo,
Cada qual seguiria o seu caminho,
Tomando cuidado para não se ferir, se machucar, sentir dor,
Deixando apenas nas lembranças um provável, incerto e inseguro amor.