PROPOSTA DE AMOR
Te entreguei um jardim todo ele
florido, até consegui o impossível
nele plantar um coração que quis
apenas amar, você não quis meu abrigo...
Imperou em sua forma de ser o
desespero que não deixou ver o
que te abraçava, e não foi falta de
pedir para que aplacasse a sua magoa.
Estive ao seu lado em todo o tempo
implorando que tivesse sua vida
própria como os peixes, que ignoram
o curso das águas.
Mostrei que a felicidade encontrava-se
na palma de suas mãos, revia-se
nela o encontro da vida, o beber de
perfumes que embalsama os ares.
O desalento dominou por completo
o seu sentimento, apenas revelou
o nada absoluto, sobre o qual
prevaleceu sua forma de chorar.
Me coloquei aos seus pés,
fiz com as próprias mãos insígnias
com flores do mesmo jardim que criei,
lástimas foi o que exibiu os céus
ao invés de minhas propostas de amor...