ROSA ENGANADA

Quem foi que ousou

Roubar da minha vida o sossego?

Perguntou-me a Rosa esquálida,

Branca e sem perfume...

Quem será que entrou em meu quarto

Fazendo parte dos meus sonhos

Que desarticulou a minha vida e depois sumiu

Deixando na minha pele esta saudade?

Quem será este maldito ser

Bendito na hora de amar

Que depois desfolhou a Rosa

Desfigurada, sem sangue nas pétalas?

Há marcas deixadas nos espinhos

Ou seria apenas vinho tinto, Dionísio?

Atônita continua a Rosa sem saber

Aturdida agora pela ressaca...

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24.12.12

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 24/12/2012
Código do texto: T4051482
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