Estado De Miséria (2/2)
Bang Bang começou e minhas veias latejam
Destruiu coração assombrado sangue goteja
Recriminei drogas, matou-me lentamente
Relutei armas, estas atingiram como se sente ?
Machucando o cérebro apagado ferozmente
Quando antes me movia selvagemente
Amar também tem seu armamento pesado
Que fere e magoa deixando lacuna recrutada
O Infinito traz esperanças a humildade
Pois dela parte uma mútua lealdade
Mas será que eu mereço uma nova chance
De tudo eu faço uma morte neste romance
Gostar é fácil, o difícil é segurar a rotina
Beijar é bom, porém a química engana a retina
Transar é ótimo, desde que não parta o coração
Amar é tudo, do amigo a sua grande paixão
Entramos em um período de choque
Adentro o Plantão Médico em situação crítica
Sem lenço, sem documento, sem paz na alma
Em colapso como floresta retraída na fauna
Pareço então um miserável mendigando
Um pedinte com fome de amor ofuscando
Como açúcar me desintegrei feito bactéria
Tarde demais estou em estado de miséria
# Poesia lançada no livro "Amor Sem Fim" #