Estado De Miséria (2/2)

Bang Bang começou e minhas veias latejam

Destruiu coração assombrado sangue goteja

Recriminei drogas, matou-me lentamente

Relutei armas, estas atingiram como se sente ?

Machucando o cérebro apagado ferozmente

Quando antes me movia selvagemente

Amar também tem seu armamento pesado

Que fere e magoa deixando lacuna recrutada

O Infinito traz esperanças a humildade

Pois dela parte uma mútua lealdade

Mas será que eu mereço uma nova chance

De tudo eu faço uma morte neste romance

Gostar é fácil, o difícil é segurar a rotina

Beijar é bom, porém a química engana a retina

Transar é ótimo, desde que não parta o coração

Amar é tudo, do amigo a sua grande paixão

Entramos em um período de choque

Adentro o Plantão Médico em situação crítica

Sem lenço, sem documento, sem paz na alma

Em colapso como floresta retraída na fauna

Pareço então um miserável mendigando

Um pedinte com fome de amor ofuscando

Como açúcar me desintegrei feito bactéria

Tarde demais estou em estado de miséria

# Poesia lançada no livro "Amor Sem Fim" #

Helládio Holanda
Enviado por Helládio Holanda em 24/12/2012
Código do texto: T4050814
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