"FLOR DA TERRA"
FLOR DA TERRA
(Perséfone Diana)
Eu sou o avanço, a reprodução
na desordem ordenada da criação.
Eu sou o passo avante e firme
de quem vive a determinação.
Eu sou a teimosia
minha crença quando penso
que encontrei o caminho e a condução.
Eu sou a conclusão da matéria planejada
o vigor do sangue vermelho
jorrando em dias a vitória cravada no corpo.
Eu sou a mente que pensa e que sonha
a que nasce e que morre
a que agoniza e que pleiteia a saúde mental.
Eu sou a força e a raça
o moinho que tritura a ganância
quando o grão recolhido foi a sobra.
Eu sou a pobreza aos pés da nobreza,
em clemência aos amorosos
eu sou o pedido de socorro quando me falta perdão.
Eu sou a que recebeu o tapa e bateu
a ligação entre força e reação.
Eu sou a culpada por alguma coisa que falhou
quando tracei o esboço esquecendo de dar cor
e a vida pôs a culpa em outro.
Eu sou a fera recolhida e domada
até ser atacada
mostrando que tenho garras e que ataco.
A felina que arrasta o filho em proteção...
As asas abertas do pássaro que ganha o mundo.
Eu sou o resultado de um problema
outrora a solução.
Das plantas que brotam eu sou natureza,
a coroa que trago feita de grãos de trigo e de flores.
Eu sou a que veio da vida e que deu vida,
amor de Ceres plantado nos céus.
Sou o domínio do que eu posso
a veneração pelo equilíbrio não encontrado.
Hoje eu sou o meu nome, amanhã estarei nos meus restos.
O que servirá de adubo na terra,
alguém plantará uma flor e a chamará de flor da terra.
A brisa será a única a levar o meu perfume
sem a presença uma voz lhe dirá o meu nome.