COMO
“COMO”
Como amor mais que infinito,
Como o ar que respiro;
Como os sonhos que repito;
Como o fogo que confisco,
A chama em que seus olhos me inundam
Com um fico,
Que aflito,
Imploram te amar.
Como a magia desinibida;
Como o carinho que busca vida;
Como a sensível mística
Que me diga,
Que não posso deixá-la passar.
Como a sombra que persista nula;
Como a música que não se resista pura;
Como ternura confiscada,
Que se adia em muitas;
Como minha vida passada
Que não se casa,
E não se passa,
Enquanto não se viva falá-la.
Como angustia que não se vicia;
Como lembrança que não se vigia;
Como procura que é vigília;
Como jura que se pronuncia
Como sol que se precisa;
Como um atol que se distancia;
Como histórias que não se convenceria;
Como ações que não se venceria;
Como o amor que não se queria;
Como paixão que não se veria;
Como canção que não se precipitaria,
Como felicidade que não se teria;
Como necessidade que não existiria,
Como luminosidade que não se perpetuaria,
Se não houve você.