Ode a minha princesa.
Autor: Daniel Fiuza
19/12/2012
Um destino precoce me convence,
a navegar no mar que te pertence,
aportando sutil na tua enseada,
exótico porto onde és musa amada.
Liberto-te da torre negra opressora,
sou teu guia, tua coluna protetora,
os cães notívagos ladram invejosos,
com seus bafos putrefatos e jocosos.
Importa-me apenas teu vivo esplendor,
o magnífico que a bruma me mostrou,
transcendendo os olhos de açucena,
és minha princesa, minha pequena.
O arcaico que te chega do além-mar,
em falsas preces ditas ao teu altar,
mesquinharia diante da tua grandeza,
espumas dissipadas na tua fortaleza.
Sou a nau que navega o teu oceano,
singrando teus mistérios, me ufano,
amando-te no remanso ou na procela,
sou o beijo despertando a Cinderela.
Esqueça tudo que o antigo ainda canta,
o meu poder é maior e se agiganta,
os teus mares agora consagrados,
lindos caminhos por mim explorados.
Levo-te ao paraíso, no doce dos meus beijos,
possuo tua vontade, tormenta de desejos,
joga-te nos meus braços, molhada sedução,
sou teu Netuno rei, tua sensual paixão.