Só espero de ti o deserto

Procuro entender a aflição

que mancha minha maquiagem,

escurecendo meus olhos,

escondendo minha alegria,

a fantasia se desfaz na covardia da espera...

Quisera que um dia eu fosse melhor,

fostes embora sem deixar um pouco de presença,

assinando minha sentença,

mortificando minha consciência...

A chuva tocou meu rosto,

lavando em prantos todo o meu desconforto,

mas, você não estava aqui comigo,

e fui ferido, maltratado, esquecido...

Ó vida intrigada inimiga,

só espero de ti o deserto,

do túmulo discreto que irei como objeto,

se não for por mim o amor,

por que fui tão sincero?

Rogildo de Oliveira
Enviado por Rogildo de Oliveira em 19/12/2012
Código do texto: T4042731
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