MEU ARREBOL
Observo-lhe com esse meu olhar mesureiro
Nas distâncias de nosso íntimo horizonte
Tornei-me cativo de teus encantamentos
No cativeiro erigido em todos os teus domínios
Aonde vigora visceralmente nossos instintos
Que flanam por caminhos interconectados
Alicerçados por esse querer imensurável
Absorvido per esse teu álacre despojamento
Colhes toda profusão de meus vorazes desejos
E afasta de mim todo pensamento merencório
Pois para ti meu espírito é um ente semovente
Tomado que é por tua ubíqua presença em mim
Vaga por entre os precipícios de nossas barreiras
Transpondo-nos aos campos de firme asserção
E sei que todo esse distanciamento findará
É quando será então minha incoercível habitação
Pela introspecção de tuas indeléveis singularidades
Teus defeitos refeitos em teu modo de se refazer
Torna-os obsoletos ante tuas infindas qualidades
E reafirma minha admiração por tua magnitude
No efervescente rumo de minhas abstrações
Solidificadas em teu introspectivo arrebol
Nos simples passos de nossa longa jornada
Na saga que é estar contigo contido no amanhã
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