Fiando roupas novas
De repente o pranto cessou,
Aturdiu – se uma alegria incomum,
Lembrou – se dos dias bons a viver.
Fez – se muito nessa caminhada,
A esperança inflou novamente aqueles pulmões
Já ofegantes.
Aquele sorriso encantador,
Que transformaste o inverno em Primavera,
Trouxera consigo o amor.
E os dias nublados,
Carregados;
Acolheram o sol a brilhar.
Essas reações nervosas todas,
Que judiam das sinapses todas,
Arrepiam a pele só de olhar.
Descobrindo nesse olhar terno
Sereno,
A razão existencial para estar por aqui até agora.
Na organoléptica poética
Bem desconvexa
De se declarar...
Tecendo fios e meandros,
Remendando panos,
Fiando novos tecidos...
Nas conclusas laudas
Dessa extensa escritura
Descobre – se a causa primordial...
E caminhando rumo ao poente
Esperando a noite chegar,
E mais uma vez te amar...