EU - TEU POEMA

Esqueci-me das poesias;

Outrora, furor da conquista,

Ora, por viveres meus dias,

Faço-as em palavras à vista.

Sei que à leitura é bem melhor,

O poema escrito tem cor,

Vai à alma e vem de cor

E se degusta com sabor.

Esse repouso – vil ausência,

Vero se dá por servil vício,

Quando há alguém na convivência

Acomoda-se ao desperdício.

O homem – animal que caça,

Atira o laço, puxa e doma,

Alimenta de forma escassa

Depois a esquece na redoma.

Nem redoma e nem altar fiz,

O espaço que eu te reservei

Foi pra morar e ser feliz,

E o teu poema eu serei.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 17/12/2012
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