Eu sei que eu te inventei de novo.
Eu sei que eu te inventei de novo.
Mais uma vez pousa meu pássaro azul sobre os ombros de alguém.
Está ele agora a te encantar diante de meus olhos tolos.
Te amo desse amor de consumição que me tira de mim.
Este amor te atravessa indo atingir o infinito onde me busco.
Eu estou de novo sob a potência do imperioso sentimento, que me joga de volta aos calções da infância, que me deixa pequeno e frágil. Que me faz sentir patético.
Mas uma vez entregue ao amor platônico. Mais uma vez diante do amor impossível.
Sinto-me flutuar sem comando, voar sem direção, espalhado no ar feito poeira.
Eu te quero para além do que posso. Eu sei que não é possível ter você.
Eu sei que daqui para diante é sofrer.
Mas meu sol agora nasce atrás de você, e se põe no teu colo.
Você é minha estrela agora. E será por um tempo. Eu vou daqui de baixo sonhar.
Chorar.
Porque fui te inventar de novo?