Chuva.
O vento que uiva no vão da janela...
A chuva que refresca o verão...
Molha as paredes da casa singela...
E eu aqui na mesma solidão...
As gotas que caem brilhantes e sapecas...
Pulam nas poças que se formaram no chão...
Parecem diamantes, que vão formando peças...
Que irradiam meu coração...
O aroma de terra molhada...
A brisa morna que sai do chão...
As bicas d'água que são a alegria da criançada...
Que correm felizes numa tremenda confusão...
A chuva sessa e o sol aparece...
A saudade essa hora sempre aperta...
Queria poder aproveitar desse momento com você...
Pra alegrar essa tardinha gostosa que nos resta...