E o amor se rende...

(...) no deserto tão longe,

tão perto e dentro de mim;

labirintos infindos no

infinito indefinido;

sensação indescritível

com ou sem sentido;

tem todo sentido, e com

ele aqueço o coração;

o choro não vem,

fica preso e nunca ileso

na emoção e imaginação;

insensatez, lucidez,

alucinação, juízo vão...

os pingos da chuva lá fora,

e, n'alma lava a solidão;

amor silente se rende

latente no grito estridente,

pleno silêncio da

presença ausente,

total exaustão;

o tempo assim lento no

vento, na brisa alisa

a eterna paixão;

fatos e fitas na dança

agita real sedução;

ventania e calmaria;

o deserto ficou para trás,

na manhã presente faz

o futuro nos amanhãs,

e, sempre eternamente.

Marisa de Medeiros