ROUPA SUJA
Por Carlos Sena
Lavei minha roupa suja em casa
Mas fiquei com as mãos molhadas
Pela impureza do pecado nunca original.
Lavei minha roupa suja
Mas não enxaguei a alma penada
Que o amor não correspondido deixa.
Lavei minha roupa suja na rua
E a estendi pra secar nos varais da ilusão
De cada boteco da esquina
De beijo clandestino
Do amasso vão dos que se vão.
Lavei minha alma com chá de carqueja
E nos raios da primeira manhã
Na igreja a enxaguei com um pranto contido
Que banhou de lágrimas o vestido
Que o tempo há de enxugar...
Lavei minha roupa suja em casa
Minha alma?
Nem sei.
Por Carlos Sena
Lavei minha roupa suja em casa
Mas fiquei com as mãos molhadas
Pela impureza do pecado nunca original.
Lavei minha roupa suja
Mas não enxaguei a alma penada
Que o amor não correspondido deixa.
Lavei minha roupa suja na rua
E a estendi pra secar nos varais da ilusão
De cada boteco da esquina
De beijo clandestino
Do amasso vão dos que se vão.
Lavei minha alma com chá de carqueja
E nos raios da primeira manhã
Na igreja a enxaguei com um pranto contido
Que banhou de lágrimas o vestido
Que o tempo há de enxugar...
Lavei minha roupa suja em casa
Minha alma?
Nem sei.