SENTIMENTO
“SENTIMENTO”
Uma pessoa que fraqueja
Em seus sentimentos de amor,
Não ama...
Espanta apenas a dor
E a solução,
Que é o não,
De não se esquecer.
Resolução,
Que não se descansa;
Que não se cansa do pavor,
Que é se apaixonar.
Que não é em favor do se querer,
Do se postular;
Do se posicionar,
De um não que quiser,
Em um não de não se ficar.
Em um não refletir,
Que é repente,
Que de repente,
Precisa da dor para amar;
Que é o não para não se perder
De alguém que de tão querida,
É fuga sem serventia;
De uma dúvida servida,
Decidida por um não que viver
Que profetiza,
É profecia errante e oferecida,
Em quem se teima,
Saída,
De um fim de esquecer.
E que se atiçará
Antecipando-se ao minuto,
Vetor resoluto,
Veto absoluto,
No fluxo de um tempo de amar.
Que não se fartará...
E que não desmascarará o abuso,
De um absurdo recuo,
Que é o recurso,
Para quem não se possa esperar
Em que é decidida à vida,
Para que se defina...
A devida linha,
Do amor que não se quis perpetuar
Que divisa a frívola astúcia,
Angustia frígida e sátira
Que se desliza em marcas,
Vagas,
Para uma chama abrasiva
Retida, retilínea,
De quem se precisa amar;
Que modifica os olhos
Em trópicos de empobrecimento
Para um desbravador,
Arrependimento,
Respiro que se traia ferido
Em um estremecimento devido,
Aos lábios que neguem em beijar
Sem empenho,
Sem enternecimento,
Para o esquecimento,
Que não lhe possa assegurar.
Diretrizes,
Cicatrizes,
De um amar que não se faça,
Ao se abandonar
E se segurar,
No acautelar,
Dos deslizes
Em que não se permite,
Apenas esperar.
Para um procurar
Que se busca de regalias;
De estadia,
De um amor que conviva,
Com quem não lhe possa poupar
E que se confia
Pela mente e pelas lembranças,
Que não se podia,
E que se queria eternizar.
Com o sempre espasmo,
De um sentimento que respira
E vive ademais dos impróprios,
Que lhe faça chorar
Em um declínio,
Suplico,
Que não se possa exortar.
E que se faça em si,
E que em seu estrago,
Disfarce o seu estado,
Que se passa,
Abraçado,
Pelo amor, revigorado,
Que me esteja abraçar
Que se abraça,
Para que se faça,
E se dispare ramificado,
Pelos olhos tomados,
Do amor que quer se amar
Para que seja edificado
Em confissão,
Que se declara
E que não se repara,
Que o desgosto,
O possa parar.
Enquanto o sentimento,
Que não se apaga,
E que não se passa,
Não pare,
E não se cale,
No meu sonho.
Que rebusca encontrar
E que se espalha,
Por minha lágrima
Que sem limite,
Não passa,
Despercebidamente,
Dúbia e perdidamente,
Sem que minha vida,
Traga o amor,
Que não lhe possa desvencilhar.