Acorrentado

Estou ainda aprisionado

No vácuo que se criou

Entre a minha e a sua voz

Entre o meu e o seu temor

Nesse silêncio equivocado

Que me ilude e me confunde

Às vezes causando dor

Ainda mantendo o amor

Nesse nada tão distante

Onde há fogo congelante

Que não queima um instante

Mas ainda é cintilante

Estou acorrentado em você

E Não há nada a se fazer

Senão dar vida a esperança

Ou planejar uma mudança

Então insisto em escrever

Para deixar registrado

Que mesmo sem escolher

Meu lugar é ao seu lado

Pedro Alencar
Enviado por Pedro Alencar em 15/12/2012
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