COMO as ondas Do mar

Antes, era
Como ondas do mar:
Ia e vinha
Mas dela, vista eu tinha
De um mesmo lugar.

Agora,
Outra vez foi-se embora.
Eu venho procurar
E não consigo avistar.
Não quero seu nome chamar.
Temo que a resposta
Venha em forma de silêncio
Infinito, profundo,
Arrastando sobre mim
Inteiras dores do mundo.

Melhor não chamar.
Preferível duvidar.
Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 14/12/2012
Reeditado em 15/01/2013
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