Ode dos amantes!

Na noite escura

As lacunas vazias jazem,

A esperar...

Ao caminhar lento e só

Encontra numa esquina

O seu destino...

Ao caminhante a espera

Agoniza todos os nervos,

Tolhe a visão.

Os sentidos se aguçam,

A reação corporal

É trêmula...

E aquelas lacunas vazias

Se preenchem lentamente

Do viço de um amor...

Ao descerrar o espetáculo noturno

Um beijo sob a chuva fina

Que caia.

Ao fundo sinos tocaram

A nossa canção,

Fazendo acelerar o coração.

A transposição espiritual

Levou além,

Permitiu o eterno numa fração de segundos...

Chuva fina caiu lenta e só,

Abençoando os amantes,

Preenchendo aquelas lacunas vazias...

E a velha solidão

Partiu quando viu

As duas almas a se amar...