NUNCA MAIS DIREI "EU TE AMO" IMPUNEMENTE
Nunca mais eu direi
"eu te amo"
impunemente.
Não direi mais
"eu te amo"
à toa.
"Eu te amo"
há de ser dito sempre
como sagração.
"Eu te amo"
há de ser dito sempre
como revelação.
Já disse
"eu te amo"
irresponsavelmente
e esse "eu te amo"
feriu alguém.
"Eu te amo"
não é para magoar:
"eu te amo"
é para aguar
a seca existência,
"eu te amo"
é para ser aspergido
como perfume santo.
Não direi, não quero mais dizer
"eu te amo"
como quem cospe
o sagrado pão.