Tela de Vlado Bukovac, pintor croata (1922)
MEU INFINITO PARAÍSO
Deixa-me drenar
a tristeza
deste dezembro
no jardim da tua boca…
Enquanto me trazes
o mel da aurora
que sempre vejo
no teu sorriso,
saciando-me
de palavras de amor
e de ternura que preciso…
E num arrebatamento
profundo
eis que saio deste mundo
e ancoro
nesse indizível leito,
nas incandescentes pétalas
do teu peito…
Minha rosa da meia noite,
me hipnotizas pela tua beleza rara;
Cortante adaga
que por minha vontade
o peito me dilacera;
Serpente sedutora,
meu coração se aninha na tua alegria,
enquanto passeias a tua língua lenta
na alva maciez da minha anatomia.
De amar nunca me deixes
e que o mel do teu sorriso
nunca me falte,
tudo que preciso,
sempre e para sempre,
meu infinito paraíso…
Ana Flor do Lácio
Obrigada, poeta, pela lindíssima interação que publico com muito gosto!
DE AMAR, NUNCA ME DEIXES...
Deixa-me recostar todo o meu medo
Na segurança que me vem do teu olhar!
Ama-me sem pudor... sem segredo...
quero em ti reviver... ressuscitar...
Traga-me o doce mel da tua aurora
Para adoçar o meu tímido sorriso!
Que importa se o tempo parou lá fora?
Mergulho em ti e encontro tudo de que preciso!
Rouba meu coração, minh'alma, meus sonhos...
Encaixa tuas formas na minha anatomia!
Vem matar-me de amor - que estou tristonho!
De amar, nunca me deixes... insisto!
Mostra-me - do amor - a sedução, a ousadia...
É por ti... somente por ti, que eu existo!
(Alexandre Brito)