Indulgencia

Uma forma de amor vale a espera.

O córrego desce lento pela serra,

e assim como os navios que demoram a ancorar no porto,

Os pensamentos vagueiam entre a força de vontade.

O silencio nem se cala.

E a falta que você faz...divaga serranias...

O desejo da espera,

na madrugada silenciosa,

os navegantes, viajantes, já debulham contos e anedotas.

Força a porta da entrada,

Apenas entre.

Os filtros do sol que guardo comigo,

Protegem-me do calor.

Mas o amor é breve fio,

Trançado como musse de maracujá,

Aclame e acalme a alma insana,

O amor verdadeiro,

espera o apito da fábrica de tecidos...

Apita e despe apenas um fio do tecido.

Rio de Janeiro, Diana Balis, vagueia entre as luzes das sombras, 12 de dezembro de 2012.