PARADOXOS
Transpor os umbrais das interrogações
Pela íntima convivência na distância
Nos elementos constitutivos do “nós”
Toque-me os sentidos não plangentemente
E alegremente saúdo nossas convergências
Isso dentro de transcendentes paradoxos
No limiar do lauto desejo desta unicidade
Consoante o exultante destino do futuro
Que faz suscitar em mim tua onipresença
Sem estas hermenêuticas receitas de sucesso
Para que nossos laços não sejam transientes
Prezo a pregnância de tuas interdependências
Sem pastiche que afugente nossas diferenças
Na intersecção do passado e futuro no presente
A cinestesia de este profícuo querer-te germina-me
Pelo seminal terreno destes nossos viscerais elos
Tento emular comigo mesmo tua contemporaneidade
Para tornar perene temporários momentos de êxtase
Transfiguro meu deserto em oásis regado por sonhos
Que acalanta essa minha necessidade de tua plenitude
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