MONÓLOGO NOTURNO

MONÓLOGO NOTURNO

Quando certa vez, em minha pequenez

Ante a vida, súbito me deparei

Solitária, perplexa e em pávida arritmia

Amparo aqui busquei, e por nada encontrar

Meu refúgio, pois, para trás deixei

Então a esmo comecei a vagar!

À luz do sereno sorriso da lua

E sob das estrelas atentos olhos

Que então, agora na relva deitada

Estavam brandamente a me observar

Elevei meus olhos ao negror imoto e quedo

E a vastidão noturna me pus a sondar!

À minha volta, o som do silêncio

Surdo, arrítmico, intimidador

Minha mente, de pensamentos vários repleta

Num repente, por um único viu-se dominada

E todo meu ser, estático, ali se prostrou

Então em ti comecei a pensar!

Das árvores, um lúgubre oscilar

Movimentos repetidos, efêmeros, vãos

Absorta, pois, neste fugaz balouçar

Querendo da vida o sentido entender

Recostei minha face à face da noite

E cousas várias comecei a questionar!

Cousas que dantes a muitos já questionara

E que precisa resposta nunca obtivera

Ouvi agora, nas asas do vento trazidas

Vindas do imoto e quedo negror infinito

Respostas, precisas ou não, porém respostas

E com a noite me pus a dialogar!

Perguntei pela vida, pelo destino e pelo mundo

Perguntei por mim e perguntei pelo universo

Além de minha voz, audível, outra, porém muda

Ali se fazia ouvir, arrastando junto a si

Para meus questionamentos a explicação

Então muitas cousas passei a entender!

Porém, quando por ti, por nós perguntei

Por que te amar não pude quis entender

Calou-se, sem resposta, a sabedoria noturna

Cessou o vento, imobilizaram-se as árvores

Silêncio, nenhum som, somente silêncio

Então meus olhos começaram a fechar!

Erik McArthedain
Enviado por Erik McArthedain em 06/03/2007
Código do texto: T403041
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