Águia

A madrugada chateia por não haver exaspero
As luzes da cidade acesas,
Borrões de nuvem a volitar sob as estrelas
Enquanto meu eu tão ínfimo reclama
Do abstrato sorriso da paisagem.

Tento entender e aceitar a pressa
Como um dom natural humano
Caminho milhares de milhas
Na lucubração da própria renúncia.

E na varanda do sentimento
Procuro não por os pés no chão
Sinto que sou feliz o tempo todo,
Porem, disperso a todo momento.

Não alcanço o infinito, volto ao ponto de partida
Como todo filho do universo
Bebo o mel da tua boca, a água da mesma fonte
E alimento do meu próprio desejo.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 11/12/2012
Reeditado em 12/12/2012
Código do texto: T4029952
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.