## Púrpura Chama ##

Deixa! Deixa-me sangrar!

Até que não sobre nada!...

Nada! Nada... nada... nada do teu sangue

Que se misturou aos meus sonhos

que se perderam entre os lençóis no teu sorriso

que se acharam no teu corpo amoroso

no toque intenso e sedoso das nossas almas

Que se transmutaram em púrpura chama e essência

dos orgasmos que fecundamos tão dentro e em nós

na dança das mãos ao toque das castanholas

que sapatearam no palco à meia luz da libido

Havia a luxúria da paixão no ar...

embebedando-se nas taças da ternura do amor

Deixa-me sangrar lembranças, as derivas

das imaginações e dos meus pensamentos

loucos martírios d’uma saudade insone

por vezes triste...

por vezes, tão cheia de malícia

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 10/12/2012
Reeditado em 10/12/2012
Código do texto: T4029579
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