Tu, Etérea Canção
As margens dos campos silvestres
Giram e giram pelos ventos do norte,
Certos moinhos de riscos rabiscos
Encantando em pólen todo verso teu!
A fé move montanhas, o amor faz-me ver-te
Em insanas delongas, homogenias canções
Que se entrelaçam, mesclam dores e sabores
Bendizendo em canduras tudo do teu céu!
Dos teus verbos incontidos...
Oh! Mulher dos meus ais!
És a fonte de júbilos renascentes d’alma
Ontem em feridas, hoje entregue a tua unção!
Pelos raios do luar,
Desnuda-te da roupagem esvoaçante,
Veste-te em comendas românticas
Encastelando em cada uma, pranto marfim,
Cantos quase sem fim, ligados ao coração,
Ao mar levando-nos ao êxtase,
Pelo linear de etéreos gozares!
09/12/2012
Porto Alegre - RS