O AMANTE DAS ROSAS

Caminhando por entre os jardins da vida,

Eu só pensava em dizer te o quanto a amo,

Tanto, que distraído,

Permiti que o espinho de uma roseira me ferisse,

Vi meu sangue quando desceu por entre os dedos

Até que parou sobre a palma de minha mão.

Quase entrei em fúria, mas controlei-me,

Controlei-me ao ver que acima dos espinhos,

Haviam dois lindos botões já expondo em evidência,

O seu vermelho exuberante,

E eu que das rosas sou amante,

Fui pego em absurdo fragrante,

Se seus espinhos não me mostrassem,

Passaria despercebido,

Como se orgulhoso fosse,

Com cara de metido,

Não vendo a representante do amor que sinto por ti,

Nascendo pro mundo,

Mas já que despertado eu fui,

Assim fiz questão de eternizar;

Marcando o meu sobrenome,

Em lugar do teu,

Em um ofício pra se carimbar.

José Gomes
Enviado por José Gomes em 09/12/2012
Código do texto: T4027937
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