O AMANTE DAS ROSAS
Caminhando por entre os jardins da vida,
Eu só pensava em dizer te o quanto a amo,
Tanto, que distraído,
Permiti que o espinho de uma roseira me ferisse,
Vi meu sangue quando desceu por entre os dedos
Até que parou sobre a palma de minha mão.
Quase entrei em fúria, mas controlei-me,
Controlei-me ao ver que acima dos espinhos,
Haviam dois lindos botões já expondo em evidência,
O seu vermelho exuberante,
E eu que das rosas sou amante,
Fui pego em absurdo fragrante,
Se seus espinhos não me mostrassem,
Passaria despercebido,
Como se orgulhoso fosse,
Com cara de metido,
Não vendo a representante do amor que sinto por ti,
Nascendo pro mundo,
Mas já que despertado eu fui,
Assim fiz questão de eternizar;
Marcando o meu sobrenome,
Em lugar do teu,
Em um ofício pra se carimbar.