a folha da bananeira

falavas tão pouco,

mas dizias-me tudo

com teu olhar esmaecido

como o final da tarde

de um dia nublado

então não precisamos falar tanto

e a noite veio caindo

e nós dois ali existindo

à espera da palavra que não veio

pois não precisava ter vindo

bastava que nossas mãos

se procurassem

que nossos olhos

não se desgrudassem

que a folha da bananeira

entoasse com o vento

uma canção de alento

que em vão tento

me lembrar como chegou...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 09/12/2012
Código do texto: T4027542
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