Morfeu

Passeie por essas frágeis veias,

Circulando o divino sono misterioso

O sono que nas pálpebras ateias

Riso de morte em um tom choroso!

Amortece os lábios roxos,

Ao sonhar em desespero profundo,

Cicatrizes entre os pescoços

Na sudorese fria de um moribundo!

Pupilas dilatadas no olhar

Continuo estado de uma longa letargia

Riso mórbido de um amar,

Nebuloso torpor em vasta melancolia

Intenso frio nos dedos,

A fraqueza enraizando toda a razão,

Corre na mente os medos

Que na insônia entram em imersão

No desespero a psicose,

Rasga cada centímetro da fria palma,

Na colher uma única dose,

Alivia a amargura desta doente alma!

A mão que enfim correu,

Tocando a alma do poeta enamorado,

Era a lírica visão de Morfeu,

E por ele me desgraço sendo viciado!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 09/12/2012
Código do texto: T4026676
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