Poema 0982 – Antes e depois, te amar!

Amanhã posso tornar-me um deserto,

areia e sol sobre um nada,

não poderia gritar, não sem tua voz,

na boca do céu um desejo de sonho,

no céu da boca a lembrança do teu beijo,

invencível paixão, como o calor tórrido,

falindo com fogo a ternura de uma vida.

Chega, como apaixonado pelos astros

não quero morrer aos poucos,

um ou dois deuses que venero jamais me tocaram,

a luz da noite passa como se fosse um eterno eclipse,

preciso da sombra de um corpo de mulher,

das mãos que mostra carinho,

da boca que fala de amor, preciso de ti.

Dê-me luz, qualquer que seja de amor,

vem, mas não por caridade,

toca o sino que envolve minha alma,

alarme os sentidos até envolvê-los de paixão,

assim como tu me amas, te amarei,

não para sempre, apenas por agora,

enquanto estou deserto não farei promessas.

É assim que te quero amando na vida,

livre, gosto de ti como jamais ousei amar alguém,

vista-me com teu corpo, meu membro,

minha cabeça louca por desejos,

toque-me com a boca suja dos beijos meus,

ensina-me como é a felicidade, não me falte,

venha, como as manhãs depois da noite.

05/03/2007

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 05/03/2007
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