O Amor, O Universo e Nós dois
A noite passa devagar
Como se estivesse me assistindo
Enquanto declamo meus versos sozinho
Conjurando fantasias de um sonho antigo
Rimas de um universo perdido
O amor!
Lá ao longe distante esta ela
Sentada no vale do mistério
De salto alto e porte de magistério
Eu sinto o teu cheiro
Imagino o sabor dos teus beijos
Teus olhos então que o diga
Janelas da alma que me perseguem
Hipnotizando o meu fascínio
Oh minha linda
Do seu coração queria ter domínio,
Mas cedo aprendi que amar não é controlar
Que gostar não é brincar
E assim parei de iludir as estrelas
Enquanto desenhava um caminho até você
Porém, sem saber
Descobri que estava a sós todo dia
Rindo aos quatro ventos com suas amigas
Fazendo descrições de um mundo imperfeito
Daquele que eu tanto perseguia...
Na medida em que gostava da ausência dos passeios
Das noites de luar de mãos dadas
De todos os beijos e relações a dois
Meu interior doía com a falta de todos esses momentos
Situações extintas na minha realidade
Somente com você tudo isso valeria a pena de verdade...
Imagino cenas contigo e fico rindo bobo
Então me vem a mente frases cheias de forma
Que vão construindo uma ideologia já morta!
A última aurora do romantismo
As palavras de um homem decidido
Altruísta e amigo
Sonhador e guerreiro de causas perdidas
Tentando apenas uma chance de te fazer bem na intensidade do seu ideal
Mostrando a ti com gestos simples que nem todos são superficiais,
Ao lado de homens como eu
Namorar não seria mais um verbo banal
A cair na boca do povo
Juntos faríamos o sol e a lua se tornarem um astro novo,
A luz do teu brilho geraria calor e vida a varias milhões de galáxias esquecidas
Contudo uma coisa nunca mudaria,
A minha terra sempre giraria a sua volta...
Meu doce, minha flor, meu derradeiro suspiro sem dor.
Com amor e carinho de um viajante de uma galáxia muito muito distante além da constelação de Vênus no setor 81875517 do universo paralelo de Platão.
“JJ”