Teu Seio

Quando a lua bateu

Por sob a janela do quarto;

Incandesceu-se sobre o leito um botão

Acalantado em pétalas aveludas

E um perfume só descrito pelos deuses!

Senti-me no marejar do olhar

Cultuando em apreços e vinhedos,

Aquele adereço vestido de pele, de carinho

De aconchego ao lábio, ao lamento

Sim, por inteiro, ao devaneio!

Minha face atraiu-se em canduras

Reveladas em cada entalhe desnudo

Inventados pelo Criador... Oh! Dor...

Dilatando-se do amor, do som sussurrante,

Atenuante cerimonial, teu colo, teus ais!

Seu cedro desponta para céu...

Divagando em súplicas banhadas no instante

Espumante, etérea enamorada, veemente mulher!

Belo como a noite

Suas visões encantam,

Ressaltam-se na intimidade

Na comunhão em alquimia!

05/12/2012

Porto Alegre - RS