Destinatário: Desconhecido (a) - Segundo dia.
Me perdoe por pensar e tentar ser alguém enraizado,
com a mente soprando infinitos pecados
Mas não os da Bíblia, e sim os mundanos
Que até então se mostraram verdadeiros enganos.
Me perdoe por tentar me deitar ao teu lado
em meus sonhos que clamam pelo plano acordado,
E sentar-me então envolvendo seu corpo,
coração e arrepios percorrendo o pescoço.
Me perdoe por tentar perdoar a vida,
que de mim ri enquanto ingere a cidra.
Uma xícara de sonhos que meus ali jazem,
enquanto para nós não existem passagens.
Me perdoe por tentar ser quem eu sou,
quem tu és e também quem o "nós" se tornou.
Mas tudo bem, não a vejo clamar por mudanças,
apenas segue a vida longe de minhas esperanças.
Me perdoe por olhar você sem desatento,
enquanto apenas anseia voltar no tempo.
E enquanto estiver ligada ao último mundo,
sinto que para mim nem possui um segundo.
E você com um segundo de amor e saudade,
que para mim é uma triste e dolorosa verdade.
Me perdoe por lhe fazer ler tudo isto,
mas eu não quero apenas seu amigável visto.
E um fogo árduo meu coração explana,
o desejo de beijar-te sempre de mim emana.
Talvez eu não deva lhe contar tudo isso,
mas seu próprio perfume já afasta o frio.
E talvez, não desistindo, tenha lido até aqui
e visto um pouco o que loucuras eu sinto por ti.
Talvez nem mesmo tenha-me compreendido,
mas eu preciso de mais do que o teu ombro amigo.