Destinatário: Desconhecido (a) - Segundo dia.

Me perdoe por pensar e tentar ser alguém enraizado,

com a mente soprando infinitos pecados

Mas não os da Bíblia, e sim os mundanos

Que até então se mostraram verdadeiros enganos.

Me perdoe por tentar me deitar ao teu lado

em meus sonhos que clamam pelo plano acordado,

E sentar-me então envolvendo seu corpo,

coração e arrepios percorrendo o pescoço.

Me perdoe por tentar perdoar a vida,

que de mim ri enquanto ingere a cidra.

Uma xícara de sonhos que meus ali jazem,

enquanto para nós não existem passagens.

Me perdoe por tentar ser quem eu sou,

quem tu és e também quem o "nós" se tornou.

Mas tudo bem, não a vejo clamar por mudanças,

apenas segue a vida longe de minhas esperanças.

Me perdoe por olhar você sem desatento,

enquanto apenas anseia voltar no tempo.

E enquanto estiver ligada ao último mundo,

sinto que para mim nem possui um segundo.

E você com um segundo de amor e saudade,

que para mim é uma triste e dolorosa verdade.

Me perdoe por lhe fazer ler tudo isto,

mas eu não quero apenas seu amigável visto.

E um fogo árduo meu coração explana,

o desejo de beijar-te sempre de mim emana.

Talvez eu não deva lhe contar tudo isso,

mas seu próprio perfume já afasta o frio.

E talvez, não desistindo, tenha lido até aqui

e visto um pouco o que loucuras eu sinto por ti.

Talvez nem mesmo tenha-me compreendido,

mas eu preciso de mais do que o teu ombro amigo.

JCast
Enviado por JCast em 06/12/2012
Reeditado em 06/12/2012
Código do texto: T4021995
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