Nó
Quando penso que acelero
Bato de encontro ao muro
Quebro a cara, volto pro zero, me ferro
E observo a redoma, meu refúgio e proteção
De lá nada arrisco, lá o novo não existe
É tão pacato e triste este meu porto seguro
Por um instante de coragem, penso em chutar o balde
Quero o olho do furacão,
Quero o frio na barriga
E a afirmação de estar viva
Mais tão súbito quanto a coragem
O medo de invade, companheiro de todas as horas
E esperto que ele só,
Mais uma vez aperta o nó
E cá novamente estou
Quieta e resignada, sem dizer palavra
Assistindo passar a vida...