Quando penso que acelero

Bato de encontro ao muro

Quebro a cara, volto pro zero, me ferro

E observo a redoma, meu refúgio e proteção

De lá nada arrisco, lá o novo não existe

É tão pacato e triste este meu porto seguro

Por um instante de coragem, penso em chutar o balde

Quero o olho do furacão,

Quero o frio na barriga

E a afirmação de estar viva

Mais tão súbito quanto a coragem

O medo de invade, companheiro de todas as horas

E esperto que ele só,

Mais uma vez aperta o nó

E cá novamente estou

Quieta e resignada, sem dizer palavra

Assistindo passar a vida...

Luciana Faustino de Oliveira
Enviado por Luciana Faustino de Oliveira em 05/12/2012
Código do texto: T4021304
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