SEMPRE AMADA

Entre encontros e desencontros,

entre postos opostos,

surge um ponto em comum.

Uma ponte, trilha inesperada,

Em meio ao nada, ouve-se uma risada

E os olhos se cruzam, e o corpo se move

elas trocam o peso do pé,

e mordem o canto da boca.

Entre o medo, e o pressunposto.

Entre a guerra e a paz.

O futuro e o agora,

Segurança ou prisão.

Há o conforto do aconchego,

e o toque inevitável das mãos.

Em meio ao beijo, surgem lágrimas,

O no toque há desejo.

Sobre o amanhã, anceio.

Quanto ao ontem, perfeito.

Por se tratar de planos, apego.

Na dúvida, elas se deitam,

E não há mais mundo, nem céu.

E há tanto, em tudo

Que no fundo, não há nada.

E o coração inquieto arruma desculpas para fugir do medo.

Enquanto sonho, vai tudo bem, do meu jeito.

E quando acordo, se há amor, deleito.

Quanto à mim, resta o leve desespero.

Se porém, olho pra dentro, é você quem eu vejo

E se nasce em ti, a paz que habita em mim,

Descubro assim, a fonte do que me faz bem.

Enfim, dou-lhe a mão e sigo.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 05/12/2012
Reeditado em 09/03/2013
Código do texto: T4021126
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