Recitando Todo Meu Amor Perante a Lua e as Estrelas
Lua!
Perguntastes às estrelas qual será a cura da minha dor?
Olho pra ti e busco seu sincero olhar,
Passam rápidos os dias, esperando o pôr do sol e a noite de luar,
Esqueço meu corpo no orvalho, choramingo, durmo e chego a sonhar.
Ah, lua!
As cicatrizes do meu corpo fecharam, queimou-se, mas deixastes cinzas...
Será que meus sonhos acabaram?
Estrelas!
Ajuda-nos, por favor!
Lua peça clemência, ao universo, ore, pois ore junto comigo por minha dor.
Pois, não sei, realmente não sei por onde mais procurá-la.
Ah, meu amor!
Estou aqui. Perceba-me! Ah, minha amiga e sabia dama da noite, de luz incontestável, esplanderosa e perpetuosa.
Senhora dos versos poéticos dos ébrios apaixonados...
Você que ilumina os meus, entre muitos outros, passos.
Escuta-me, chorando, em planto e em meio as minhas suplicantes orações.
Vem orvalho!
Molha meu corpo frio e gelado, pareço-me putrefacto, refaz meus sonhos, esperança e reconduz minha vida.
Ah, Amiga e sempre companheira lua!
Onde encontro àquela que tanto amo?
-Imagino seus passos e sutis rebolados...
Não encontro meu amor!
Por quê?
Imagino o seu olhar feminino,
Será que procuras o meu?
Suspiro, chego a ficar trémulo, minhas mãos estão sempre molhadas,
Fecho os meus olhos e vejo seu belo e donzel rosto.
Imagino as curvas do teu corpo, sua pele suave e macia.
Sinto sua voz suave falar baixinho, ao pé do meu ouvido, a seguinte frase:
“Amor! Meu amor, eu voltei, voltei porque te amo, certo ou errado,
louco ou lúcido, Mas amo”.
Estrelas!
Guiem-me em direção daquela que queimou e arrebatou meu coração.
Ah, Estrelas!
Vocês são tão próximas, femininas, unidas, confidentes e, onde os anjos passeiam.
Vós que conheceis a conjugação do verbo amar,
Sempre tão generosas, dignas, pontuais e apaixonantes perantes os casais apaixonados.
Abençoam-me na segunda pessoa do plural do imperativo afirmativo,
Do verbo amar.
Estelas! Através de vós encontrarei meu amor,
Não deverei e não vou mais chorar...
Viverei um novo, lindo e eterno amor.