Paixões da Natureza

Folhas acariciadas pelo vento,

Lágrimas que em orvalho cristalizam,

Canto ressoando em cantos,

Um farfalhar de afinado coral

Olhar caloroso de raios ultra-violetas

Que agitam, inquietam, subvertem

Como cupido distante, infalível

Aproximando céu de mar, rio de terra, água de ar

Depois, se esconde...

Ao nascer do luar

Saudando um amor

Consumado em eclipse solar

Árduas formas de amar

Mas que ninguém ouse se lastimar!

Esses aprisionados ao amor

Não anseiam o libertar

Como céu e mar,

Que em tempestuosas discussões ciumentas

Depois vêm chorar, pedindo perdão...

Colorindo um arco-íris pra presentear

Ou as copas das árvores

Que convidadas pelo vento, se põe a dançar

Depois, abandonadas, como esposas de militar

Sabendo que a liberdade é deixar estar

Ainda assim, murcham no outono

Depressivas e solitárias

Sentem o vazio frio do inverno

Algumas sem querer voltar

Outras se entregam a novos amores

Em gestação de primavera, até o verão esquentar

Descendentes desabrochados cuidadosamente

Em nova forma de amor, pra mãe criar